A Hélice é muito desafiadora

O paranaense Otto Pohl, presidente da CBCT, enaltece a modalidade Hélice – FAN 32 e comenta sobre a bem sucedida Copa do Brasil.

Por Cezar Félix

Otto Carlos Pohl, é presidente da Confederação Brasileira de Caça e Tiro (CBCT), uma entidade de grande representatividade e tradição, pois a CBCT existe desde o longínquo ano de 1935 —  embora tenha oficializado a atual designação em 1942, conforme esclarece Otto, que marcou sua importante presença no CMC de Santa Luzia, durante a 5ª Etapa da Copa do Brasil FAN 32.

Veja mais sobre a modalidade Hélice FAN-32 na matéria sobre as disciplinas de tiro ao voo:

https://revistapedana.com/disciplinas-de-tiro-ao-voo/

A diretoria liderada por ele, paranaense de Curitiba, assumiu em 2017, para cumprir o terceiro mandato. Atirador há 40 anos, desde a época do tiro ao pombo, o presidente informa que a Confederação trouxe da Espanha a modalidade FAN 32, sendo inclusive regulamentada por uma entidade internacional sediada em território espanhol. “Começamos a modalidade com apenas cinco clubes e tínhamos 84 atiradores. Atualmente já somos 27 clubes; em julho e agosto vamos inaugurar mais 6 clubes de tiro. Temos uma Copa do Brasil, que registra 250 atiradores em média por etapa. Não há dúvidas de que se trata de uma modalidade que vem crescendo muito no Brasil”, garante.

Segundo o presidente Otto “Talvez a causa principal dessa expansão seja porque a Hélice é um tiro diferente, é um tiro descontraído e no meio do nosso esporte forma-se uma grande família de atiradores”, diz. “Essa 5ª etapa no CMC foi primeira presencial de 2021, a gente estava louco para se encontrar, então foi mais um grande encontro das famílias”, festeja.

Para Otto a Hélice é um tiro diferente, é um tiro descontraído e no meio do nosso esporte forma-se uma grande família de atiradores

Copa do Brasil, 15 etapas

O presidente Otto aproveita para explicar como é o funcionamento da Copa do Brasil FAN 32. “A Copa é dividida em 15 etapas; dessas, nove etapas são on line. O atirador atira no seu clube. Outras cinco são etapas mistas: você escolhe um clube para sediar a etapa e você vai competir presencialmente. Se o atirador não puder ir, ele atira no seu clube. A última etapa, que é a 15ª, é presencial obrigatória e acontecerá em São Paulo. Depois de finalizada essa etapa, existe uma classificação dos atletas e eles seguem para disputar uma grande final quando o atleta atirador vai atirar 12 hélices”.

O caminho que leva o atirador para a classificação até a final é o seguinte: ao participar das 15 etapas, com 18 hélices cada, ele precisa somar 135 pontos, 50% das 270 hélices lançadas.

Premiação em dinheiro

Durante a grande final, surge o importante diferencial da modalidade, conforme explica Otto Pohl: “o atirador classificado para a final, entra na pedana para atirar as 12 hélices. Aquele que fizer 10 em 12; 11 em 12 e 12 em 12,  ganha prêmio dinheiro”. O presidente da CBCT também faz questão de explicar a origem do dinheiro da premiação: “nós somos uma entidade sem fins lucrativos; a Confederação vive exclusivamente de anuidade e de alguns patrocínios. O dinheiro dos prêmios é assim arrecadado: toda etapa, o atirador faz a sua inscrição, de 100 reais, sendo 18 hélices do clube. Porém, cada atirador coloca mais R$ 100,00. Esse montante de recursos, no final, é dividido para todos os próprios atiradores por meio dos prêmios”.

Fundamentado pela sua vivência como atirador — “porque eu já atirei de tudo na vida como pombo, Trap e Fossa Olímpica por muitos anos”—, e presidente da Confederação, Otto destaca que a Hélice “é uma a modalidade muito democrática, algo totalmente diferente por ser muito desafiadora. Não existe favorito na Hélice, 50% é técnica e 50% é sorte. Pode acontecer de um  atirador experiente pegar uma hélice difícil e não conseguir acertar. E, por outro lado, eu já vi por várias vezes muitos novatos se consagrarem e saírem campeões de uma etapa”.

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