Uma vitoriosa trajetória

Perfil – Roberto Schmits

O consagrado campeão e instrutor, foi presença importante da final da CBTE em Caxias do Sul.

Apesar de não se tratar de disciplina olímpica de tiro a CBTE tem organizado campeonatos nacionais de Trap Americano. Devido a pandemia, em 2020, não foi possível organizar o campeonato nos moldes regulares dos anos anteriores. No entanto, realizou um grande evento em Caxias do Sul entre os dias 17 e 21 de novembro de 2020.

Durante as provas, presença marcante entre as pedanas do Clube Caxiense de Caça e Tiro, o consagrado atirador Roberto Schmits fez questão de assinalar que ele “se mantém sempre ativo junto aos competidores, aprendendo com eles e também ensinando”.

Do alto de sua experiência e dono de um excelente currículo dentro do tiro esportivo — a história dele no esporte inclui participação nas olimpíadas, em pan-americanos, em vários campeonatos mundiais e em muitas copas do mundo — Schmits analisa o evento com uma postura de crítica construtiva.

Dessa forma, Schmidt elogia o nível de competitividade da final do Tiro ao Prato: “é muito alto, o resultado aqui em Caxias chega a 98% e com a participação de gente de todo o Brasil”. Por esta razão, segundo o atirador, que a CBTE — “a única entidade reconhecida pelo Comitê Olímpico brasileiro”,— uma vez que promove e organiza campeonatos das disciplinas olímpicas de tiro, escolheu o Caça e Tiro como sede da final Trap Nacional 2020. “Considero o Clube Caxiense um dos melhores do Brasil”.

Começo aos oito anos

Outro aspecto relacionado ao Trap Americano que não passa despercebido pelo campeão é o ambiente: “é tudo muito tranquilo e o público é essencialmente familiar. Você vê famílias inteiras participando, mulheres e crianças”.

Roberto Schmidt, 51 anos, cuja vitoriosa trajetória dispensa outras apresentações, conta que começou muito cedo no tiro  esportivo “por meio do incentivo do meu pai, e com oito anos de idade já dava os meus primeiros tiros, e ganhava o meu primeiro troféu”. “Hoje faço parte da equipe brasileira”, prossegue, “atiro Fossa Olímpica, sou instrutor de Trap Americano como também de Fossa Olímpica, credenciado pela CBTE, e tenho curso de treinador”.

O diferencial do Trap

Especificamente sobre o Trap Americano, Schmits observa um “crescimento expressivo” da modalidade em todo o país, “assim como as outras modalidades do tiro”. O diferencial que o instrutor gaúcho vê no Trap Americano é força que essa disciplina tem na divulgação  do tiro esportivo como um todo. “As pessoas querem muito conhecer o Trap Americano. Um clube hoje não tem muitas dificuldades para montar uma pedana. Basta comprar uma máquina e ter uma pequena área”, argumenta. “Então, se você tem meio hectare, já é possível montar uma pedana e começar a praticar”.

A expansão do tiro, ainda segundo o instrutor, não passa despercebida pelas entidades representativas do esporte. “A nossa Federação Gaúcha é hoje uma entidade muito forte e reconhece que o Trap Americano cresce exponencialmente no Rio Grande do Sul, pois nós temos provas do campeonato gaúcho com 300 pessoas atirando”.

Dois mil alunos

Schmidt  aposta que “no momento atual”, tendência é pelo crescimento “constante” do tiro. “No que depender mim, eu vou trabalhar ainda mais pelo Trap Americano”, garante. Roberto Schmits tem autoridade para analisar a conjuntura de expansão que move o tiro esportivo atualmente no Brasil. Afinal, como um requisitado instrutor, ele tem quase dois mil alunos espalhados por todas as regiões brasileiras: “tenho alunos do Chuí ao Oiapoque”, brinca, bem humorado.

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