Com a presença de 61 atletas, a II Copa CBCT Brasil Sporting Clays movimentou o fantástico Clube Paranaense de Tiro, em uma prova dinâmica e muito bem-organizada.
Três belos dias ensolarados e um clima de alto astral, alegria e confraternização entre atiradores de diferentes cantos do país marcaram a II Copa CBCT Brasil Sporting Clays – 1ª Etapa, realizada no período de 18 a 20 de fevereiro no belíssimo Clube Paranaense de Tiro, em Piraquara (PR), município localizado na área metropolitana de Curitiba.
Os 61 atletas inscritos percorreram as pedanas em uma aguerrida e saudável competição em todas categorias e classes. As provas, muito elogiadas pela qualidade e diversidade de desafios exigidos aos competidores, foram elaboradas por Frederico Jabbur, de Belo Horizonte, Diretor de Brasil Sporting Clays da entidade.
O presidente da CBCT (Confederação Brasileira de Caça e Tiro), o atirador Otto Pohl, avaliou como “surpreendente” a expressiva participação de 61 inscritos nessa primeira etapa da Copa CBCT Brasil Sporting Clays. “No primeiro ano, a Copa foi uma novidade, mas esse ano as pessoas ficaram muito felizes pelos prêmios recebidos e pela qualidade do material, do design e do acabamento em metal das medalhas e dos troféus”, explica. Otto acrescenta que a partir de agora, com esse êxito em Piraquara, “apostamos no crescimento da modalidade Sporting Clays assim como nas outras modalidades de tiro esportivo”. Para o presidente, a tendência agora no Brasil é de crescimento constante das modalidades de tiro ao prato. Ele cita como exemplo o que aconteceu em relação à Copa do Brasil de FAN 32: “No ano passado, a média por etapa registrou a participação de 200 atiradores. Esse ano, batemos o recorde com mais de 351 inscrições. Hoje, aconteceu algo semelhante nessa prova, de 32 inscritos no ano passado para 61; portanto, o crescimento é exponencial e nos agrada muito”.
Veja mais sobre o trabalho que a CBCT vem fazendo em favor do crescimento do Tiro a Hélice na entrevista que Otto deu para a Revista Pedana sobre a modalidade: https://revistapedana.com/a-helice-e-muito-desafiadora-otto-pohl/
O presidente Otto Pohl acrescenta que a CBCT tem como foco as duas modalidades, o FAN 32 e o Sporting Clays: “as pessoas estão cada vez mais interessadas em praticar o tiro esportivo, principalmente nessas modalidades. A Confederação Brasileira der Caça e Tiro só pensa seguir em frente. Quanto mais atletas aglutinarmos, melhor para o tiro ao prato e melhor para o Brasil”.
Sobre a sua carreira como atirador, Otto afirma que o esporte é “um vício, é minha origem, desde quando o meu pai era caçador, quando era permitido caçar, e a prática vêm de gerações da família. Do meu avô para o meu pai, e de mim para o meu filho. Eu não paro de atirar. O mais importante não é a competição em si, mas o grande prazer que é poder rever os amigos do Brasil inteiro durante as competições”.
Qualidade da confraternização
Alguns competidores, em depoimentos à reportagem da Revista Pedana, não só analisaram a Copa do Brasil como também refletiram sobre o esporte.
Rodrigo Pilon, de Bagé (RS), conta que atira desde criança, mas que há cinco anos dedica-se ao tiro ao prato, no Sporting Clays. “Excelente modalidade, em todas os sentidos, desde desportivamente até a integração social. Não há nada igual em termos da qualidade da confraternização entre os amigos”. Sobre a prova, ele classificou como um “evento maravilhoso, em um clube esplêndido. Foi a primeira vez que vim aqui e estou muito impressionado com a estrutura e a organização. “A prova foi muito bem montada e desafiadora”, concluiu.
Também de Bagé, Marco D’Ávila está há três anos no tiro ao prato, Sporting Clay e Compak, como as modalidades principais que pratica. “O esporte, que está em inegável crescimento, é um tiro muito atrativo, pois reúne pessoas de boa índole que preferem primeiro o lazer e depois a competição”, analisa. Feliz por participar da sua primeira competição brasileira, embora participe de todas as provas regionais, Marco classificou a Copa Brasil como “um evento sensacional, muito bem-organizado e estruturado. É claro que pretendo voltar”, salienta..
Roberto Arno Desbesell, outro gaúcho, de Panambi, há nove anos competindo na modalidade Sporting Clays, pondera que o esporte estava em plena ascensão, mas que foi “penalizado pela pandemia”. Todavia, Arno já observa que agora registra-se um novo aumento no número de praticantes. Para ele, um motivo claro do desenvolvimento do tiro ao prato se deve ao fato de que “você conhece pessoas de lugares diferentes, faz muitas amizades e ainda pode levar um troféu para a casa. Esse conjunto de fatores é o que atrai novos competidores”. Ele finaliza elogiando o “elevado nível e a organização de muita qualidade”.
Um esporte complexo e desafiador
A jovem Roberta Flack conta que começou no tiro em 2019 por “influência do meu namorado que é atirador há muito tempo”. Ela atira Sporting Clays e Compak: “é um esporte complexo, difícil e desafiador. Você precisa ter muita concentração, mas ao mesmo tempo conquista-se muitas amizades, gente de muitos lugares diferentes. É um esporte que agrega”, argumenta ela. “A concentração, porém, é individual, a disputa é com você mesmo”, reflete a gaúcha de Porto Alegre. Ela prossegue o raciocínio com sabedoria: “É você contra o prato, esse é o maior desafio; se concentrar, estudar, fazer a leitura de todas as trajetórias — que são diferentes, ainda mais em uma prova longa com 75 pratos”. Roberta elogia a “ótima estrutura” do clube e a dinâmica das provas, “de uma variabilidade de pratos muito interessante, foi uma competição maravilhosa”.
O mineiro, de Itaúna, Nesvalcir Gonçalves Silva, há cinco anos no esporte, destaca a “tranquilidade e a segurança em uma convivência, no qual você assiste a agregação das pessoas e por isso mesmo o tiro ao prato segue em grande crescimento”. Para ele, o Sporting Clays, ganha uma “aceitação expressiva nos últimos anos, apesar de ser muito tradicional e antigo”. Na opinião dele, a Copa Brasil da CBCT foi uma competição muito bem-organizada, de grande êxito, realizada em um clube de primeira linha”.
Assis Ali Mohamad preferiu lembrar que o Clube Paranaense de Tiro sempre foi “um importante polo do esporte”, e que por essa razão sediou “mais uma excelente prova.” Atirador nas modalidades Sporting Clays e Hélice, Mohamad — catarinense de Caçador — acredita no “constante crescimento do esporte”. Ele lembra que nos estados de Santa Catarina, Paraná e São Paulo, existiam nove clubes e agora, em curto espaço de tempo, já existem 20 clubes.
“É preciso prestigiar as provas para que o esporte siga em crescimento”, analisa. “Eu mesmo já consegui atrair muitos amigos para o tiro”.
Evento espetacular e prova dinâmica
Outra competidora iniciante é Chaienne Costa, de Gravataí (RS), do Clube Perdigueiros, que pratica o esporte há apenas 10 meses. “Entrei por meio de um amigo, eu não sabia da existência da modalidade tiro ao prato e agora estou apaixonada”, confessa ela, atiradora de Sporting Clays e Compak”. É um esporte que ensina disciplina, diferentemente do que as pessoas pensam”. Chaienne conta que já consegui trazer vários amigos para o esporte e garante que os filhos. “quando alcançarem a idade apropriada irão atirar também”. Ela acrescenta que nunca imaginou que “um dia iria atirar”, mas ela começou bem. No ano passado, já conseguiu um vice-campeonato brasileiro. “Pena que a modalidade tiro ao prato ainda é pouco conhecida. É preciso que tenha mais visibilidade, pois é algo maravilhoso”. Sobre a Copa do Brasil, ela classifica como “um evento espetacular, uma prova dinâmica com pessoas muito bem entrosadas”.
Há mais de 20 anos no tiro ao prato, “comecei desde pequeno com o meu pai”, Guilherme Ludwig, também de Gravataí, afirma que o tiro “traz lições para a vida”, pois exige “muita concentração para ser competitivo”. Assíduo nas etapas do campeonato brasileiro de Sporting Clays e Compak, ele acrescenta que segue competindo “por amor ao esporte”. Ele classificou a prova como “muito bem montada e super bem pensada. A organização está de parabéns!
O veterano atirador Manoel Salemme, de Curitiba, que há “mais ou menos uns 40 anos se dedica ao esporte”, conta que atirou em todas as modalidades, tanto de bala quanto de chumbo, e hoje se dedica mais à Fossa Olímpica e à Hélice. São 10 anos no tiro ao prato. Do alto de sua experiência, ele faz uma análise clara: “o esporte atualmente está bem menos estigmatizado do que era antes. É preciso entender que o esporte olímpico do tiro é um dos mais seguros que existem, devido ao procedimento que temos na pedana. É um tiro que é você contra você mesmo. Ele estimula a concentração, a calma e a falta de agressividade. Se a pessoa entrar agressiva, ela não terá bons resultados. É preciso se acalmar.
A concentração é no tempo de você chamar o prato e não pensar em mais nada, só pensar no tiro”. Salemme, porém, acha que o esporte “está envelhecendo já que ainda temos poucos jovens atirando para registrarmos uma maior renovação”. Ele acredita que “a propaganda negativa que o tiro recebe”, afasta os jovens do esporte. “A gente precisa efetivar um trabalho de base, pois assim teremos condições de fazer atletas de ponta. Outro ponto destacado pelo veterano atirador é o “ótimo ambiente do tiro, principalmente do olímpico. É muito salutar porque, ao contrário do que diz a mídia, uma pessoa sem caráter e mal-intencionada não se cria no nosso meio. Vivenciamos as presenças das esposas e das crianças, de famílias inteiras, só acontecem coisas positivas”. A Copa Brasil, segundo Manole Salemme, é um evento que cresceu — do ano passado para esse — com o dobro da presença de competidores. “No ano que vem pretendemos chegar em um número acima de 120 atiradores”.
A Revista Pedana parabeniza a CBCT e o Clube Paranaense de Tiro pelo oferecimento e organização da 1ª Etapa da Copa Brasil de Sporting Clays e agradece a maneira calorosa e cordial com que foi recebida.
Para mais informações sobre as provas de Sporting Clays, consulte o site daCBCT:
Uma resposta
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