Uma visão abrangente sobre o tiro ao prato

Do alto da sua experiência como atleta de tiro ao. prato, dirigente e técnico, o paulista Marcos Sérgio Benitez Gonsalez, analisa a conjuntura atual do tiro ao prato.

Em meio aos diversos afazeres decorrentes da coordenação técnica das provas da Regional Sudeste do Campeonato Brasileiro de Fossa Olímpica e Skjeet*, Marcos Sérgio Benitez Gonsalez, vice-presidente Clube de Caça e Tiro de São Paulo — CCTSP — fez uma análise conjuntural do esporte no Brasil e comentou vivência dele como atirador e atleta.

* Link para a matéria sobre a etapa Regional do Campeonato Brasileiro: https://revistapedana.com/fossa-olimpica-e-skeet-em-bom-nivel-na-regional-sudeste-do-campeonato-brasileiro-de-tiro-ao-prato-olimpico-cbte/

Experiente competidor de Fossa Olímpica e também vice-presidente da CBTE, Marcos Sérgio Gonsalez aponta “a ótima renovação que ocorre no tiro” como um ponto muito positivo do momento atual do esporte, “pois nós temos um menino que foi Campeão Mundial Júnior no ano passado, o Leonardo Lustosa”, esclarece. “Ele, inclusive, já teve uma excelente performance na primeira Copa do Mundo dele como Sênior – ISSF World Cup  que ocorreu em Lonato, Itália, em maio passado-, ficando em 16º  lugar e, por um prato, não foi para a final”, completa.

Satisfeito com a dinâmica do torneio que coordenou, Marcos preferiu salientar a qualidade da infraestrutura oferecida pelo Clube de Caça e Tiro de São Paulo. “Nós temos duas pedanas de Fossa Olímpica e uma de Skeet equipadas com máquinas da marca Laporte, e a modalidade de hélice conta com máquinas automáticas. Portanto, temos o que há de melhor no mundo em equipamentos”, salienta.   

Experiência internacional

Como atleta, Marcos Sérgio conta que já fez três copas do mundo no exterior e que, por ter nacionalidade espanhola, ficou três meses em 2017 na Espanha quando participou de todo o campeonato nacional daquele país. No ano seguinte, ele ficou por outros três meses percorrendo a Europa em competições de tiro ao prato, assim como em 2019, para mais quatro meses sempre atirando. “Também já participei de provas na Itália como em Lonato, Bréscia, e nos Gran Prix, como em Malta e Belgrado”, descreve.

Quer seja como atleta ou dirigente, Marcos Gonsalez é um exemplo de dedicação ao tiro esportivo no Brasil.

Por conta dessa grande experiência, o dirigente e atleta argumenta que no Brasil, embora o país tenha alguma deficiência em provas internacionais de tiro ao prato, “as nossas provas contam com um nível muito alto de juízes, inclusive formamos uma equipe de juris para a Olimpíada do Rio de Janeiro que foi muito elogiada. Todos os árbitros foram formados aqui.

Veja a matéria sobre Eduardo Oliveira, responsável pela formação de árbitros da CBTE: https://revistapedana.com/um-grande-mestre-do-tiro/(abrir em uma nova aba)

As nossas provas acontecem em um ambiente de provas internacionais, seguindo todos os regulamentos. Só falta fazer um Gran Prix”.

Técnico formado

Nesse campo, Marcos Sérgio acrescenta que em 2018, a CBTE patrocinou a ida de quatro membros para um curso de formação de técnicos realizado no Equador. Ele foi um dos enviados e hoje é o um técnico formado em Fossa Olímpica. “Atualmente, nós temos uma formação técnica de base nos clubes. A CBTE tem dois auxiliares técnicos que estão trabalhando em busca novos valores”, informa.

Um outro importante aspecto que o vice-presidente da CBTE chama atenção é para a “visão diferente” que o público em geral tem do esporte: “o tiro esportivo exige concentração total e muita disciplina; é você sozinho e o alvo. Você não tem um adversário. O esporte de tiro ao prato cobra muito do atleta. Competir em provas de Skeet e de Fossa Olímpica exigem um alto grau de concentração e o atleta sai esgotado de uma série que dura de 20 a 30 minutos”, esclarece.

Ao finalizar as suas considerações, Marcos Sérgio recorda o fato de que quando ele começou a competir como atleta. do tiro ao prato, dizia-se que o tiro esportivo “iria acabar, que não tinha futuro”. Hoje, segundo ele, “observamos um  crescimento constante do esporte”. O dirigente, atleta e técnico cita como exemplo o fato de que “é preciso de três dias para realizar uma etapa do campeonato brasileiro, não menos do que isso”.

Este crescimento também é observado na disciplina que é considerada de “entrada” ou de formação básica para o tiro ao prato que é o Trap Americano. Atualmente no Brasil existem mais de dois mil filiados na Liga Nacional de Tiro ao Prato e/ou na CBTE, que são as entidades, em nível nacional, que organizam competições de Trap não olímpico.

para. saber mais sobre as provas e campeonatos de fossa olímpica e skeet, acesse o sítio da CBTE:

https://www.cbte.org.br/

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